Felipe Reichelt Emmel
Naturopata

Carmen Reichelt
Psicóloga

Andradas 1234 - conj. 1601 - POA/RS
fone: (51) 3228 6382

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

TREINAMENTO EMOCIONAL

Terapia Cognitivo Comportamental
Acupuntura

Objetivo: controle da ansiedade, que melhora a atenção, memória e demais funções cognitivas.

O medo de sentir medo apavora

Para a Medicina Tradicional Chinesa corpo e mente interagem, os órgãos internos são influenciados por determinados aspectos emocionais. Uma emoção é um estímulo que influencia nossa vida afetiva e naturalmente gera uma tensão, que provoca uma reação em nossos órgãos internos. O primeiro efeito é afetar a circulação da energia que deveria fluir pelo corpo, resultando no rompimento do mecanismo de equilíbrio. Em outras palavras, cada Órgão Interno tem uma natureza mental positiva que pode se transformar em uma emoção negativa sob a influencia de tensão emocional ou circunstâncias da vida. No inverno o órgão em evidencia é o Rim. Para Maciocia, o Rim da Medicina Chinesa, corresponde ao órgão rim real sob um nível anatômico, ao Qi e à Essência associada ao Rim, ao Cérebro, força de vontade e direção sob um nível mental, e ao medo sob um nível emocional. Todos os níveis interagem um com outro simultaneamente. Assim, um estado de medo e ansiedade por um longo período de tempo pode fazer o Rim ficar deficiente e vice-versa. Se o Rim se tornar deficiente, por excesso de trabalho, poderá provocar sentimentos de medo e ansiedade.

Para a terapia cognitivo comportamental, todas as emoções fazem parte de nosso cotidiano, assim também sentir medo além de normal muitas vezes nos protege de ameaças reais. Esta é a função biológica e adaptativa do medo. O medo, mais precisamente o medo excessivo é aquele que de alguma forma limita nossa vida. Ele se caracteriza por: não ter base na nossa realidade concreta; quando o sentimos termos a consciência de que é absurdo; provocar-nos uma aflição desproporcional a causa; além de ser acompanhado por sintomas físicos, percebidos como a falta de ar, sudorese, aceleração do batimento cardíaco, tensão muscular, palidez ou rubor facial, boca seca, alterações digestivas ou tonteira. A marca registrada do medo é a evitação da situação temida, que é uma tentativa de combater o sofrimento gerado pela ansiedade. Somos “máquinas de sobrevivência” e tenderemos a evitar tudo aquilo que nossa mente e corpo informarem serem risco para nossa vida. Há ainda a ansiedade antecipatória, que faz suar frio só de pensar no objeto temido. Este quadro é antecedido por uma idéia de perigo. È assim, que a interpretação de uma situação, em vez do fato em si, é freqüentemente expressa em pensamentos ou imagens mentais, que ocorrem automaticamente, ou seja, vem a mente de forma imediata e absoluta, interpretando a situação como ameaçadora, a isto denominamos pensamento catastrófico. Citando Miguel de Cervantes - Dom Quixote, século XVII - "Um dos efeitos do medo é perturbar os sentidos e fazer com que as coisas não pareçam o que são."

O medo excessivo apresenta-se na forma de muitas faces. O pavor pode ter um objeto definido, como por exemplo o desempenho em provas e exames. O medo tem um amplo impacto nas nossas vidas. 

Um dos piores aspectos do medo excessivo é o "medo de ter medo". Apavora a idéia de voltar a sentir os sintomas angustiantes e na tentativa de sobreviver ao sofrimento surge a evitação dos ambientes ou situações em que as crises de ansiedade ocorreram, como se tal atitude pudesse antecipadamente proteger. É por essa razão que quando somos vítimas do medo acabamos por nos trancar como uma ostra e paralisar a nossa vida. O medo se alimenta do medo, como um monstro que cresce aos nossos olhos. A evitação, que originariamente seria uma estratégia de sobrevivência se transforma em uma armadilha de dor.

A boa notícia é que: quando determinamos o tipo da distorção do pensamento, podemos avaliar mais objetivamente a validade de nosso pensamento. A habilidade para aprender a identificar pensamentos automáticos é semelhante aquela que utilizamos para desenvolver qualquer outra atividade em nossa vida. Esta proposta corresponde a da Medina Tradicional Chinesa: “O Medo prejudica o Rim, mas o estado de ficar Pensativo contra-ataca o Medo.” Afinal, quando o Rim estiver fortalecido ele abrigará a força de vontade e direção sob um nível mental.

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